O que torna uma pessoa grande? No mundo de hoje há uma disputa contínua pelo ser e pelo poder, de todas as formas as pessoas buscam alcançar esse objetivo, desde o uso abusivo das redes sociais até o fato de pisar nos outros para ser maior.
Para responder essa pergunta, podemos olhar o exemplo de várias pessoas que foram grandes, que se destacaram, porém a maior de todas e que será luz para nossa reflexão é Maria de Nazaré.
O que ela fez para ser grande? É simples, ela foi pequena. Maria soube servir, o seu sim “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38) nos leva à busca de uma espiritualidade mais profunda, pois, só assim poderemos entender as atitudes da mãe de Jesus e ter firmeza na imitação de seus passos.
Eis aqui a “serva” do Senhor, a palavra serva significa aquela que tem a função de servir, que vive sob regime de servidão, na condição de escrava, criada, escrava; Maria se colocou nessa situação, a partir do seu sim, em cada respirar Maria serviu a Deus, tornou-se pequena pois só Deus é grande, esperou para que Deus pudesse fazer e confiou na infinita misericórdia do Pai.
Maria podia pedir grandes coisas, fazer infinidades de exigências, afinal de contas, ela acabara de ouvir da boca do anjo que Deus encontrou graça nela, porém sua primeira atitude é dizer faça-se em mim a tua vontade, o que quiseres meu Deus eu farei, submeto a minha vontade à tua, e a partir de então começamos a ver uma história de grandeza fruto da pequenez.
Maria põe-se a servir, vai ao encontro de Isabel para cuidar dela, cuida da sua família com todas as suas forças, e no final de tudo cuida de João, cuida dos apóstolos e cuida de nós. Um serviço ilimitado motivado pelo amor, de quem se entregou ao amor pleno de Deus, experimentou a ação do Espirito Santo, e viveu junto com Jesus o projeto de salvação da humanidade.
O que fazer para ser grande? Imitar Maria, sendo pequena, sendo humilde, sendo serva, tendo fé, esperança e amor, aprendendo dia a dia a olhar para o alto e a saber que tudo aqui passa, só Deus nos basta.
Por Ana Reijane Lisboa